Declarado amor


São vários os significados atribuídos à palavra amor, seriam poucas as páginas para descrever a infinidade de sentidos que lhe podemos atribuir. Há quem pense que o amor está somente ligado a laços afectivos, com os familiares ou com o seu parceiro(a). Porém, é bom reflectir fora desse contexto e quanto a isso há muito a dizer.

Amar é um propósito de vida, está intrínseco num simples gesto de compaixão para com os outros. Pode ser encontrado, num olhar ternurento e no doce sorriso de uma criança, numa palavra amiga que tantos ouvidos sedentos anseiam escutar.
Está de igual forma presente na natureza, podemos encontrar a expressão do amor, na força das ondas do mar, no azul do céu pintado com as cores do arco-íris, nas flores que preenchem os retalhos de terra durante a primavera, no som das aves que constroem os seus ninhos de amor.

Quando olhamos ao espelho e vemos o nosso reflexo, percebemos a forma da nossa existência, que é resultado do Declarado amor, que tanto falo.


Declarado amor, é então amar o outro como a ti mesmo….





quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

1 Ano



No dia 10 de Janeiro o blog “Declarado Amor” fez 1 aninho!!!

Ao fim deste tempo acho que faz sentido reflectir, relembro-me como tudo começou entre recortes e colagens, soou-me finalmente um nome “Declarado amor”. Tinha encontrado o som que queria que me representasse a mim Telma Santos e ás peças que vou criando a partir das memórias que guardo. Memórias essas, construídas por tudo o que me rodeia, pela pesquisa constante que realizo no mundo da arte, da arquitectura, do artesanato e até da literatura. Muitas passagens bíblicas são para mim fonte de inspiração, o ponto de partida para descobrir o fio à meada…

Para além de toda a pesquisa que sem dar conta vou fazendo, estão na minha base referências culturais que não posso negar. Eu cresci numa pequena aldeia perto de Setúbal, ainda bastante rural onde os habitantes mais antigos têm um modo de vida muito próprio. “Parada no tempo”, a aldeia é desenhada por uma mercearia, uma olaria, por vendedores que andam de porta em porta, pelo cheiro do pão cozido no forno a lenha e lá de longe a longe, pelo som do amolador a caminhar pela estrada…

Enfim… esta é uma aldeia onde os campos se enchem de flores, onde as árvores são as casas dos pássaros, onde os coelhos ainda vivem em tocas e onde à noite ainda brilham estrelas.
Este cenário campestre faz parte de quem eu sou, tem vindo a preencher o meu imaginário ao longo do tempo. Desde pequena que a minha imaginação é habitada por inúmeras personagens, as quais me habituei a passar para o papel ou a dar-lhes formas, para as puder dar a conhecer aos outros.