Declarado amor


São vários os significados atribuídos à palavra amor, seriam poucas as páginas para descrever a infinidade de sentidos que lhe podemos atribuir. Há quem pense que o amor está somente ligado a laços afectivos, com os familiares ou com o seu parceiro(a). Porém, é bom reflectir fora desse contexto e quanto a isso há muito a dizer.

Amar é um propósito de vida, está intrínseco num simples gesto de compaixão para com os outros. Pode ser encontrado, num olhar ternurento e no doce sorriso de uma criança, numa palavra amiga que tantos ouvidos sedentos anseiam escutar.
Está de igual forma presente na natureza, podemos encontrar a expressão do amor, na força das ondas do mar, no azul do céu pintado com as cores do arco-íris, nas flores que preenchem os retalhos de terra durante a primavera, no som das aves que constroem os seus ninhos de amor.

Quando olhamos ao espelho e vemos o nosso reflexo, percebemos a forma da nossa existência, que é resultado do Declarado amor, que tanto falo.


Declarado amor, é então amar o outro como a ti mesmo….





quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Diz-me alguma coisa ao ouvido




Anseio pelo momento em que me sussurras ao ouvido:
Segredos inimagináveis
Quando me falas dos teus planos que são mais altos que os meus

Quando me dizes gosto de ti mesmo com os teus defeitos
Estou contigo mesmo quando pareço estar ausente
Irei diante de ti para derrubar todas as muralhas
Carrego-te ao colo quando estas cansada.

São estes uns dos “segredos”
Que me dizes, quando procuro por ti
E quando estou atenta à tua voz

Por isso anseio que neste momento
Me digas alguma coisa ao ouvido…

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Mãos com história


Estas são mãos que falam a cada gesto. Contam a história de uma vida passada entre a lida doméstica e o trabalho no campo.
Porém, são mãos generosas, pois em cada dedo está escrita uma palavra de conforto, carinho e de compaixão para com os outros.
Por vezes, madrugam para fazer a delícia dos mais jovens com o pão quentinho acabado de cozer.
Sem falar das sementes que todos os dias lançam à terra, para que tenham sempre o que colher.

E por fim, estas são mãos poetisas têm nos traços dos seus veios, poemas de adoração.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Velha Solidão




No silêncio de quatro paredes, o olhar invade o movimento da rua
Um olhar distante e só, de alguém que há muito que deixou para trás a alegria de viver
Os dias são passados entre o conforto do sofá e os bordados das cortinas que cobrem as janelas
O tempo corre, levando a vida desta gente
Então, a solidão entra sem pedir licença
E teima em ficar, mesmo quando não é desejada
Realidade dura e cruel, para quem tudo deu pela vida que agora lhe vira as costas
O constante amadurecer prolonga-se e as folhas vão caindo sem voltarem a dar rebentos
Agora, será sempre bem-vindo, quem queira recolher estas folhas
E guarda-las entre as páginas de um livro
Que conte uma história feliz.